Paulistano, protestante, palmeirense fanático, apaixonado por esporte e história. Vem comigo.

terça-feira, 25 de junho de 2013

BRASIL VS URUGUAI, SUAS HISTÓRIAS E SEUS DRAMAS...

Amanhã, no novo estádio do Mineirão. Brasil e Uruguai se enfrentarão, pela semi-final da Copa das Confederações,  novamente em um jogo decisivo. Esse confronto é marcado, por diversos momentos históricos, inclusive uma final de Copa do Mundo.
Era um 16 de julho, um domingo qualquer, mas aquele não seria qualquer. Brasil e Uruguai, já haviam se enfrentado por diversas vezes, na tradicional Copa América. Mas naquele dia, fariam a final da Copa do Mundo, no antigo e na época, novo Maracanã, que estaria entupido de torcedores, quase 200 mil pessoas.
Uruguai e Brasil chegavam a 3ª e última rodada, com as melhores campanha do quadrangular final. 
A seleção brasileira precisava somente de um simples empate, para se sagrar pela 1ª vez campeã do mundo. Saiu na frente, no início do 2º tempo, com Friaça, mas não suportaria a raça uruguaia, e sofreria a virada com gols de Schiaffino e Ghiggia. Os uruguaios liderados pelo caipitão Obdulio Varela se sagrariam bicampeões mundiais, deixando uma enorme tristeza no povo brasileiro e marcando para sempre a vida do goleiro Barbosa. Tragédia essa conhecida, por "Maracanazo".

20 anos depois, Brasil e Uruguai voltariam a se enfrentar em uma Copa do Mundo. Dessa vez, em uma semi-final. Nesse período de tempo, o futebol brasileiro havia mudado e se tornado glorioso. Já havia ganho duas Copas do Mundo, e possuía um excelente time e contava com o maior jogador de todos os tempos, Pelé.
Naquele 17 de junho de 1970, em Guadalajara. E o Uruguai abriria o placar com o Luis Cubilla. Sem querer voltar a sentir o gosto de 20 anos atrás, a seleção brasileira viraria com gols de Clodoaldo, Jairzinho e Rivellino. Nesse jogo Pelé protagonizou, dois lances, vistos até hoje pelos amantes do futebol. O 1º foi quando o rei entrou na área do Uruguai, driblando o goleiro Mazurkiewicz, sem tocar na bola, o arqueiro tenta voltar ao gol, para impedir o feito, juntamente com o zagueiro Ancheta, porém a bola passa vagarosamente para fora. O outro foi quando o próprio Mazurkiewicz, cobra mau um tiro de meta, e Pelé o pega com um chute de primeira, por sorte do goleiro, ele ainda conseguiu se recuperar, encaixando a bola. O Brasil vingava 1950, passaria para a final, aonde se sagraria, tricampeão mundial.

Brasil e Uruguai se ausentaria, por quase 20 anos de grandes confrontos. Voltando a se enfrentar novamente no Maracanã, e um quadrangular decisivo, mas pela Copa América de 1989. Os uruguaios possuíam um time forte que contava com Francescoli, Rúben Paz, Alzamendi. Já o Brasil, treinado por Sebastião Lazaroni tinha jogadores sem grandes destaques, mas com uma dupla de ataque que nos seguintes seria de grande sucesso, Bebeto e Romário. E foi de Romário o gol da vitória, se antecipando ao goleiro Ceoli. Tirando um jejum de 19 anos, sem títulos da seleção brasileira.

4 anos depois, o mesmo Maracanã, o mesmo Romário, e o mesmo Uruguai, se enfrentariam em um jogo que não valeria troféu, nem final de Copa do Mundo, mas sim uma vaga para o Mundial de 1994.
No dia 5 de setembro, atendendo o povo, Carlos Alberto Parreira, temendo ver a seleção brasileira fora de uma Copa do Mundo, pela primeira vez na história. Convocaria o baixinho, para o jogo decisivo das Eliminatórias. Ele atravessaria o Oceano Atlântico, para fazer os 2 gols da vitória do Brasil sobre os uruguaios, em um jogo espetacular.


Após isso, Brasil e Uruguai seguiria se enfrentando em Copa América.
Perderia decisão da edição de 1995, em Montevidéu, na decisão por pênaltis. Venceria, por 3-0, na final de 1999, no torneio disputado no Paraguai. E ainda eliminaria a Celeste Olímpica, por duas vezes de forma consecutivas, nos pênaltis. Tanto em 2004( no Peru), como em 2007( na Venezuela).

As Eliminatórias para Copa do Mundo, também era um torneio, aonde as duas seleções faria jogos históricos. Inclusive na estréia da primeira passagem do treinador Felipão, em 2001. Quando foi derrotado pelos uruguaios, no Centenário, com um gol de pênalti marcado por Magallanes.
Em 2009, o Brasil goleou o Uruguai, no estádio Centenário, por 4-0, quebrando um jejum de 33 anos sem vencer a Celeste Olímpica, em seu território.

Para registro, a estréia do antigo Mineirão. Brasil enfrentaria e venceria o Uruguai, por 3-0. Detalhe, é que era o Palmeiras com Djalma Dias, Djalma Santos, Dudu, Servílio, Ademir da Guia, que vestiriam a camisa canarinho, no dia 7 de setembro de 1965.


Abaixo, um vídeo com os melhores momentos das final da Copa América de 1989. Com o Marcelo Rezende, que trabalhava na Globo, conversando no orelhão do Maracanã, com os pais de Taffarel. Vejam:



terça-feira, 18 de junho de 2013

SPURS - GREGG POPOVICH E TIM DUNCAN, UMA HISTÓRIA DE AMOR

A temporada da Nba 2012/2013 pode terminar hoje, com Popovich e Tim Duncan conquistando juntos, o 5 º anel. E tudo se iniciaria há 17 anos com Gregg Popovich assumindo o comando da equipe, no ano de 1996. Retornando ao time, pois havia sido assistente técnico do Larry Brown entre 1988-1992. O treinador tinha ambições, e elas foram se tornando reais, com a chegada de Tim Duncan, draftado em 1997, ano em que foi eleito o melhor jogador universitário. Ambos formariam uma longa era de seguidos sucessos e grandes recordes.
Não demoraria muito para que Popovich e Tim Duncan conquistassem o 1º anel. Juntamente com David Robinson, Duncan formou a famosa dupla "Torres Gêmeas", arrasando na temporada 1998/1999, varrendo os Lakers, os Blazers nos playoffs e derrotando os Knicks nas finais. Duncan seria o Mvp das finais e iniciava uma era vitoriosa na franquia do Texas.
Após 3 anos, de total sucesso dos Lakers de Phil Jackson, Kobe Bryant e Shaquille O'Neal. O San Antonio voltaria a fazer uma excelente temporada. Em 2002/2003, novamente Tim Duncan seria o destaque nos playoffs, sendo novamente Mvp das finais, derrotando o New Jersey Nets, temporada essa que já se contava com Tony Parker e Manu Ginóbili.
Em 2004/2005, os Spurs enfrentaria o atual campeão Detroit Pistons, nas finais. Uma série espetacular, que só seria decidida no sétimo jogo. Novamente com Tim Duncan, sendo decisivo, e sendo pela 3ª vez Mvp das finais. Posto somente conseguido pelas lendas Michael Jordan, Magic Johnson e Shaquille O'Neal.
O feito já era espetacular, e tornaria ainda mais na temporada 2006/2007. Se classificando na 3ª colocação da Conferência Oeste, na temporada regular. Os Spurs enfrentaria nos playoffs: Denver Nuggets, Phoenix Suns, e Utah Jazz, sem precisar forçar um jogo 7. Nas finais, enfrentariam o Cleveland Cavaliers, do promissor LeBron James, páreo fácil. Varrida clássica, com Tony Parker se tornando o Mvp das finais, e o 1º europeu a conquistar esse prêmio.
Após 6 anos, de uma série de fracassos. A atual temporada dos Spurs, foi fantástica. Com Tim Duncan, Tony Parker e Manu Ginóbili jogando com uma frieza e uma qualidade merecida de chegar nas finais. Finais, contra o Miami Heat, de um antigo conhecido, LeBron James.
Nas próximas horas, poderemos ver os Spurs escreverem outro capítulo dessa história. A história que também é de Tim Duncan e Gregg Popovich.

sábado, 15 de junho de 2013

COPA DAS CONFEDERAÇÕES - DESDE 1992, UMA MINICOPA

Caros leitores e leitoras. Hoje se inicia a Copa das Confederações, fiz algumas considerações sobre o torneio disputado desde 1992 à 2009.

1992-Copa Rei Fahd

Polêmica competição, aonde muitos jornalistas desconsideram que faça parte da história da Copa das Confederações. Competição só contou com a participação de 4 seleções: Argentina(campeã da Copa América de 1991), Estados Unidos(campeão da Copa Ouro de 1991), Costa do Marfim(Copa das Nações Africanas de 1992) e Arábia Saudita(país sede da competição e campeã da Copa Ásia de 1998).
A competição disputada na Arábia Saudita, foi vencida pela favorita Argentina, do treinador Alfio Basile, e que contava com um time jovem mesclado por alguns jogadores experientes. Exemplo a dupla de ataque: Caniggia e Batistuta. Na decisão, a Argentina derrotou os donos da casa, por 3-1. Gols de Rodríguez, Cannigia e Simeone. Descontando para Arábia Saudita, Al-Owairan, o mesmo que fez aquele golaço de placa,  na Copa do Mundo de 1994, contra a Bélgica.



1995-Copa Rei Fahd II


Disputada em janeiro de 1995, a competição ganhava mais 2 seleções participantes, em relação a última. A Arábia Saudita(país-sede), Dinamarca(campeã da Eurocopa 1992), Japão(campeão da Copa Ásia de 1992), Argentina(campeã da Copa América de 1993), Nigéria(campeã da Copa das Nações Africanas de 1994), México(campeão da Copa Ouro de 1993). Disputada em dois grupos de 3 equipes(A: Dinamarca, México e Arábia Saudita), (B: Argentina, Nigéria e Japão). Dinamarca e Argentina foram os campeões de seus respectivos grupos, fazendo a final da competição. Vencida pelos europeus, por 2-0, gols de Laudrup e Rasmussen. 



1997-Copa das Confederações e com a polêmica "máquina zero".


Em 1997, a Fifa tomava posse da organização do torneio. Era a 1ª vez que a seleção brasileira participava, pelo fato de ter ganho a Copa do Mundo de 1994. Ela seguia sendo disputada na Arábia Saudita, e com algumas polêmicas, antes mesmo da bola rolar. A começar pela desistência da Alemanha, campeã da Eurocopa 1996. Que no seu lugar iria a República Tcheca, vice campeã da Euro.
A competição de 1999, foi disputada pela 1ª vez fora da Arábia Saudita. O país-sede dessa vez seria o México, que também havia vencido a Copa Ouro de 1998, dando uma vaga para o Estados Unidos, vice-campeão do torneio continental.


Outra, era polêmica da "máquina zero". Jogadores da seleção brasileira, resolveram raspar a cabeça, em motivos que até hoje, não se sabe a verdadeira explicação.
Além desses países citados acima, a competição tinha presença do Uruguai(campeão da Copa América de 1995), México(campeão da Copa Ouro de 1996), Austrália(campeã da Copa das Nações da Oceania de 1996), África do Sul(campeã da Copa das Nações Africanas de 1996), Arábia Saudita(campeã da Copa da Ásia de 1996, e país-sede) Emirados Árabes(vice-campeão da Copa da Ásia de 1996).
Torneio marcado pela dupla Romário e Ronaldo, no ataque do Brasil. Os dois juntos marcaram 11 gols, dos 14 marcados pela seleção. Brasil jogou no grupo A, vencendo Arábia Saudita(3-0) e México(3-2), empatando contra o Austrália(0-0). Vencia nas semifinais a República Theca(2-0), e enfrentando novamente a seleção australiana, na decisão. Um verdadeira surra(6-0), 3 gols de Ronaldo, e 3 gols de Romário. Coroando aquele ano, em que o Brasil já havia ganhado a Copa América. Denílson, uma grande revelação do São Paulo, foi eleito o melhor jogador da competição.



1999-O surgimento de um craque.


A competição de 1999, foi disputada pela 1ª vez fora da Arábia Saudita. O país-sede dessa vez seria o México, que também havia vencido a Copa Ouro de 1998, dando uma vaga para o Estados Unidos, vice-campeão do torneio continental.
A França, campeã da Copa do Mundo de 1998, desistiu da competição. Sendo assim o Brasil, campeão da Copa América de 1997, ocupou sua vaga, por ter sido o vice-campeão mundial. Cedendo a vaga pelo continente, para a Bolívia, que havia ter sido vice-campeã contra o Brasil.

As demais seleções participantes foram Alemanha(campeã da Eurocopa 1996), Arábia Saudita(campeã da Copa Ásia de 1996), Nova Zelândia(campeã da Copa das Nações da Oceania de 1998), e o Egito(campeão da Copa das Nações Africanas de 1998).
Brasil estrearia contra os alemães, em uma goleada, destaque(4-0) para o meia Alex com 2 gols, em um deles, na comemoração recebeu uma garrafinha de água de um vendedor ambulante do estádio Jalisco. Venceria ainda o Estados Unidos(1-0) e Nova Zelândia(2-0). Passaria fácil pela Arábia Saudita, nas semi-finais(8-2), um show do Ronaldinho Gaúcho, que seria uma espécie de "batismo" em competições pela amarelinha, aonde ele era o grande destaque do torneio. 
Chegando na final, o grandioso e glorioso Azteca, mesmo palco do tri campeonato mundial, em 1970. O adversário seria a seleção dona de casa, o México tinha um bom time, formado pelo treinador Manuel Lapuente. Blanco era o grande destaque do time, e foi ele quem acabou com aquele jogo. Aliás, foi um grande jogo, vencido pelos mexicanos(4-3). Ronaldinho Gaúcho foi eleito, o melhor jogador da competição. Anos mais tardes, ele seria eleito 2 vezes, o melhor do mundo.




2001-A pífia era Leão.

Após o fracasso de Vanderley Luxembugo, nas Olímpiadas de Sidney. A seleção brasileira, passou por uma reformulação drástica. O escolhido para fazer essa reformulação, era o treinador Emerson Leão. Ele assumia o cargo no final do ano 2000, e iniciava o ano seguinte com enormes dificuldades no comando. Era fritado por grande parte da mídia, por convocar jogadores sem grandes destaques com a camisa amarelinha. Leomar, um volante que atuava no Sport Recife, era o marco desse time. Que ainda contava com alguns jogadores como Mineiro e Washigton, ambos da Ponte Preta.Ewerthon(Corinthians), Magno Alves(Fluminense). Porém em meio a este tumulto. O Brasil disputaria a Copa das Confederações, disputada no Japão e Coréia do Sul, países que sediariam o Mundial, no ano seguinte. Competição, que teria a França, atual campeã mundial e campeã da Eurocopa 2000. Coréia do Sul(país-sede), Japão(país-sede e campeão da Copa da Ásia de 2000), Brasil(campeão da Copa América 1999), México(campeão da Copa das Confederações de 1999), Camarões(campeão da Copa das Nações Africanas de 2000), Canadá(campeão da Copa Ouro de 2000), Austrália(campeão da Copa das Nações da Oceania 2000).
A seleção brasileira fez uma campanha muito ruim, vencendo somente Camarões(2-0) gols de Washigton e Carlos Miguel. Depois empataria sem gols com Canadá e Japão, se classificando em 2º de sua chave. Resultado que obrigou a seleção a enfrentar a França, na qual fomos derrotas nas semi-finais(2-1). Na decisão pelo 3º lugar, o Brasil foi derrotado pela Austrália(1-0). Resultado este, que acabou causando a demissão do treinador Leão, sendo substituído pelo Felipão, o resto vocês já sabem.

A França venceria o Japão, na decisão, por 1-0, gol de Vieira. Robert Pirès, foi eleito o melhor jogador.


2003-Luto por Foé.

A competição de 2003, seria disputada na França. Ao contrário da anterior, a seleção brasileira chegaria com moral, devido a conquista do penta no Mundial de 2002. Felipão havia deixado, para assumir Portugal. Agora o comando do escrete canarinho, era com um bem conhecido de todos: Carlos Alberto Parreira, o treinador do tetra em 1994.

As demais seleções participantes era a França(país-sede e campeã da Eurocopa de 2000), Camarões(campeão da Copa das Nações Africanas de 2002), Colômbia(campeã da Copa América de 2001), Estados Unidos(campeão da Copa Ouro de 2002), Japão(campeão da Copa Ásia de 2000), Nova Zelândia(campeã da Copa das Nações da Oceania), e A Turquia(3ª colocada da Copa do Mundo de 2002) disputaria a vaga, porque a seleção da Alemanha(vice-campeã) se recusou a disputar. O mesmo fez a Itália(vice-campeã da Eurocopa de 2000).
O favoritismo da seleção brasileira, não se confirmou. A estréia foi com derrota para Camarões(0-1), seguida por uma vitória contra os Estados Unidos(1-0), e encerrando a participação em um empate contra a Turquia(2-2) resultado que seria insuficiente para passar para próxima fase. 
Essa edição ficou marcada por um fato de enorme tristeza. Na partida da semi-finais, Camarões 1-0 Colômbia, Marc-Vivien Foé teve uma parada cardíaca, tentou ser reanimado, foi levado para um hospital de Lyon, não resistiu e faleceu. Uma frase ficou marcada, dita por ele no intervalo de jogo:"Garotos, mesmo se for preciso morrer no gramado, nós temos que vencer esta semi-final". Minutos depois, ele cairia no gramado.
Após a notícia de seu falecimento, várias homenagens foram feitas. Inclusive na final. A França venceria a competição derrotando a seleção camaronesa, 1-0, gol de Henry. Na hora de levantar o troféu, Desaily e Song(capitães de suas respectivas seleções) levantariam a taça de forma conjunta, não havia clima para festa. 






2005-Um show de um Imperador.

Anos antes aquela edição foi definida, que a competição seria de 4 em 4 anos, e serviria de teste para a Copa do Mundo, do ano seguinte. Em 2005, o país seria a Alemanha.
A seleção brasileira desembarcava em solo germânico, novamente como favorita. Com jogadores renomados e  bem mais experientes. 
Além da Alemanha(país-sede) e do Brasil(campeão da Copa do Mundo de 2002 e da Copa América de 2004), os demais países participantes era a Austrália(campeã da Copa das Nações da Oceania de 2004), Tunísia(campeã da Copa Africana de Nações de 2004), México(campeão da Copa Ouro de 2003), Japão(campeão da Copa Ásia de 2004), Grécia(campeã da Eurocopa de 2004), e Argentina, que entrava como vice-campeã da Copa América de 2004.
Brasil e Argentina entravam na competição, como as maiores favoritas, a Alemanha do treinador Jürgen Klinsmann, iniciava uma reconstrução, devido ao fracasso da Eurocopa, no ano anterior. A seleção brasileira tinha o famoso "Quarteto Fantástico", formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Adriano. Os argentinos tinha os talentosos Riquelme, Sorín, Cambiasso, Zanetti, e o goleador Lucho Figueroa.
Mas o favoritismo da seleção, na primeira fase não ficou comprovado. Estréia fácil contra a seleção da Grécia(3-0), mas em seguida perderia para o México(0-1), e empataria com o Japão(2-2), se classificando em 2º do grupo. Na outra chave, Alemanha e Argentina fazia campanhas semelhantes, definindo a 1º posição para os alemães, pelo fato de terem melhor saldo de gols. Sendo assim, enfrentaria o Brasil, em um belo jogo na cidade de Nuremberg, vitória apertada por (3-2). 
Na final o Brasil enfrentaria a Argentina, que havia eliminado o México, nos pênaltis. O jogo teriam tudo para ser uma partida equilibrada, porém não foi. Adriano, o Imperador de Milão, acabaria com o jogo. Ele marcaria 2 gols da goleada de 4-1, Kaká e Ronaldinho Gaúcho marcariam os outros 2. Aimar descontaria para Argentina. Aquela partida acabou coroando o favoritismo da seleção, e elevando a auto-estima do time para a Copa do Mundo, do ano seguinte. Adriano, com totais méritos, foi eleito o melhor jogador do torneio. Contou muito o que o Imperador, fez na decisão.

2009-O time de Dunga e o prenúncio das vuvuzelas.


Pela 1ª vez na história, o continente africano receberia uma competição organizada pela Fifa. O país-sede seria a África do Sul, pois seria também o anfitrião no Mundial de 2010. O Brasil entraria na competição, pelo fato de ter sido, campeão da Copa América de 2007. As demais seleções seriam: Itália(campeã da Copa do Mundo de 2006), Espanha(campeã da Eurocopa 2008), Estados Unidos(campeão da Copa Ouro de 2007), Iraque(campeão da Copa da Ásia de 2007), Egito(campeão da Copa Africana de Nações de 2008), e a Nova Zelândia(campeã da Copa das Nações da Oceania de 2008). 

Com a Itália, vivendo um momento ruim, as favoritas do torneio, era a geração poderosa da Espanha, que contava com alguns jogadores do Barcelona(que ganhara recentemente a Champions League) e o Brasil, time consistente formado pelo questionado treinador Dunga. 
A seleção brasileira sofreria na estréia derrotando o Egito(4-3), mas depois venceria e bem as equipes dos Estados Unidos e Itália, ambas pelo placar de 3-0. Nas semi-finais, enfrentaria os donos da casa, treinados pelo brasileiro Joel Santana, resultado foi um magro 1-0, gol do lateral Daniel Alves, no final da partida.
Já era esperada, uma final contra a Espanha, desde o início do torneio. Mas isso não aconteceria, pela zebra americana, que derrotaria os espanhóis, por 2-0. 
E quase que o bom time dos Estados Unidos aprontam novamente, na decisão contra o Brasil. Vencia por 2-0, até o intervalo. No 2º tempo, Luís Fabiano fez dois gols, e o Lúcio, minutos antes do final do jogo, virariam a partida. O Brasil conquistava pela 3ª vez o torneio, se coroando como o maior campeão. 
Um fato curioso e motivo de muitas queixas, foi o barulho ensurdecedor, feito por um instrumento vocal por nome de vuvuzela, descoberto pelos brasileiros, naquela competição.



segunda-feira, 10 de junho de 2013

A 1ª VEZ, A GENTE NUNCA ESQUECE...

Caros leitores e leitoras. Com certeza vocês já devem ter ouvido essa frase: "A 1ª vez, a gente nunca esquece...". Há quem se mantenha controversa à ela, mas quem se esquece do 1º dia na escola, do 1º beijo, da 1ª transa, do 1º grande amor, da 1ª vez em que dirigiu um carro, e da 1ª vez que você viu o seu time campeão. No meu caso, recordo de todas, e a maioria delas, aconteceu no meu período de infância. A mais marcante, a de gritar pela 1ª vez: É CAMPEÃO!!!
Toda história se inicia, em 1992. Como já postei aqui, ano que começei a ver futebol. Ainda não torcia para um time, estava em uma idade em que ver Jaspion, Jiraiya, era muito mais interessante. Mas em uma tarde de domingo, na casa do meu avô, parei para ver um Palmeiras vs Corinthians(por causa dos meus tios), a narração do Silvio Luiz me deixava ainda mais ligado, até que surge uma falta, próxima da área corintiana. Um sujeito com a camisa 9, se aproximava para cobrar e com extrema perfeição guardava nas redes. O narrador gritava o nome dele: Evair, o craque da camisa, número 9! Eu via a imagem de felicidade dos meus tios, daquele "tal" de Evair. E disse, a partir de hoje(8 de novembro de 1992), serei torcedor do Palmeiras, eles tem o Evair.

Mesmo sem saber que o Palmeiras, não era campeão há 16 anos(algo que não me incomodava, pois não tinha noção de tudo isso) tanto é que não fiquei triste, vendo o time perder a final do Paulista de 1992.
Considero o ano de 1993, como o meu 1º de torcedor verdadeiro do Palmeiras. Acompanhei jogos, não via somente Evair, e sim outro talento nato, por nome de Edmundo. Vibrava mais com o time, discutia com os garotos da rua e da escola, eles ainda apelavam, por eu torcer para o time que não era campeão há muito tempo.
Até o dia 12 de junho, o dia dos namorados para grande maioria, foi o dia em que me apaixonei inteiramente por um outro amor, o do meu time do coração.
Era uma tarde bem fria de sábado, o adversário, novamente era o Corinthians, o mesmo de 7 meses atrás. Viola, autor do único gol, da 1ª final, era o meu ódio e medo daquela decisão.
Assisti o jogo, sentando no sofá de casa, aonde vi o Zinho abrir o placar. Evair, marcar o 2º, Edílson, o 3º. E mesmo sem entender tanto do regulamento, a inesperada prorrogação. Até um pênalti marcado pelo polêmico árbitro José Aparecido. Cena marcada por ver Ezequiel expulso, deixando o gramado esbravejante. A cena que antecedia, o momento épico do jogo. Novamente era ele, Evair, o homem que fez torcer para um time, que me fez ver futebol como os outros assistiam. Ele cobrou com a categoria que sempre o acompanhou em toda sua carreira. Gol!!! Na mesma narração de Silvio Luiz.

Como gritei, como vibrei. Aguardei por mais alguns minutos e sai pra rua. Era um momento mágico, pela 1ª vez, eu via o meu time ser campeão, não teria mais a chacota dos garotos, e se iniciou ali um grande amor, que é mantido, e que será preservado para sempre. E foi tudo por sua causa, Evair.
Desse dia, vão se fazer 20 anos. E como vou me esquecer? Durante esses 20 anos, encontrei e provei vários amores, alguns que ainda vivem comigo, dias inesquecíveis, noites marcantes. Mas poucos, chegam perto do 12 junho de 1993. Obrigado Evair! Obrigado Palmeiras!


Em pé: Mazinho, Roberto Carlos. César Sampaio, Tonhão, Sérgio e Antônio Carlos.
Agachados: Edmundo, Daniel, Evair, Edílson e Zinho.

Abaixo um vídeo, com os lances desse glorioso e inesquecível jogo do título. Assista, e até a próxima.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Maracanã, só na história...

Caros leitores e leitoras, como sabemos e temos visto, a maioria dos estádios brasileiros passam por uma modernização, devido a próxima Copa do Mundo, que acontecerá aqui no Brasil. Confesso que reluto em acreditar, que vendemos parte da história dos nossos grandes palcos, do esporte e de uma das maiores paixões de nosso povo. Assistindo ao jogo entre Brasil vs Inglaterra, na tarde de ontem, fiquei estático e viajando no tempo(algo que amo fazer, nas horas vagas), tentando imaginar o antigo e único Maracanã, aquele gigantesco estádio, seu charme clássico, aquele palco maravilhoso do futebol, em que em cada canto, havia uma história.
Como o atual, o antigo Maracanã, foi construído para a Copa do Mundo de 1950, abrigando 8 jogos daquele mundial. A estréia do Brasil, e a partida inaugural do torneio(4-0, no México), e também a dolorosa decisão, conhecida por "Maracanazo"(1-2, Uruguai). Após o Mundial, o estádio se tornou palco do futebol carioca, e porque não, também do futebol nacional. Tanto é, que ano seguinte, foi criado um Mundial de Clubes, em que o Palmeiras se sagrou campeão no mesmo estádio, em um empate contra a Juventus de Turim(primeira partida noturna do estádio).
O Maracanã, aos poucos, foi se tornando patrimônio físico do amante do esporte bretão. Ali vários craques mostraram ao mundo, seu rico e talentoso futebol. Didi, Zagallo, Vavá, Garrincha, Rivellino, Zico, Roberto Dinamite, Romário, Bebeto, Edmundo e tantos outros. Palco aonde o Pelé, fez o seu milésimo gol, da invasão corintiana, das conquistas do Flamengo dos anos 80, da máquina tricolor, aonde o Botafogo encerrou seu longo jejum de títulos, do quase gol do "meio da rua" de Maradona, do gol do Cocada, do Renato Gáucho fazendo gol de barriga, da tragédia da final do Brasileirão de 1992, daquele golaço do Petkovic e do momento mais marcante do estádio, pra mim- o "início do tetra". Aquele 5 de setembro de 1993, aquele Brasil vs Uruguai, o dia em quem conheci Romário, o dia em que vi como era sofrível e bom torcer pela seleção(algo que perdi). Também me recordo, mas com tristeza da final do Brasileiro de 1997, quando vi Edmundo e Evair comemorarem um título contra o Palmeiras.
Com dor, eu vi ontem, um Maracanã sem geral, sem aquela clássica e tradicional cobertura, sem aquele gramado imenso, sem aquele senhor batendo embaixadinhas no intervalo, e conclui, não é o mais o Maracanã, é um outro estádio.
Como a maioria sabem, sou paulistano, nunca tive o prazer de pisar no Maracanã. Só o vi, somente pela tv. Mesmo assim, me sentia lá dentro, como se estivesse lá.

Abaixo, está um vídeo, com os melhores momentos de Brasil 2-0 Uruguai, o meu jogo inesquecível do Maracanã.