Paulistano, protestante, palmeirense fanático, apaixonado por esporte e história. Vem comigo.

terça-feira, 22 de abril de 2014

20 ANOS, SEM O ENCANTO DE DENER...

No último dia 19, deste mês, infelizmente foi marcado por duas décadas da trágica e prematura morte de um grande talento do futebol brasileiro, o garoto Dener, que tinha somente 23 anos, quando se foi.
Dener se tornou um eterno garoto, daqueles que nasce com a especialidade de jogar e encantar com o seu futebol moleque e irreverente.
 Aos 12 anos, ainda muito garoto, ele foi para o Canindé(lugar que se tornaria especial em sua vida) para defender o time mirim da Portuguesa. Só que como era órfão de pai, abandonou a carreira, para ajudar sua mãe no sustento da casa, mas por destino, retornaria a sua carreira em 1988, na própria Portuguesa. 
Em 1991, despontaria para o cenário nacional, na disputa da Copa São Paulo de Juniores, time na qual contava com Sinval, Tico e a genialidade do próprio Dener. A partir dali, Dener marcaria a mente dos torcedores, principalmente os da Portuguesa, com dribles e gols inesquecíveis. Como um marcado contra a Inter de Limeira, em 1992; e outro marcado contra o Santos, em 1993. Ele também já alcançava até participações na seleção brasileira e até era elogiado por Pelé, que o apontava como sucessor de seu trono. 
Porém, Dener que dizia que preferia driblar, ao invés de fazer gols, ele sofria por não estar em um time competitivo e só vivia por deslumbramentos de grandes jogadas. Foi emprestado ao Grêmio, em meados de 1993, mas seu futebol lá não evoluiu, apesar de ter sido campeão gaúcho. Ele retornaria para Portuguesa para disputar o Campeonato Brasileiro, daquele mesmo ano. E no ano seguinte, seria emprestado ao Vasco.
Dener chegava em São Januário e participava da campanha que viria ser o tri-campeonato estadual do Vasco. Porém em abril de 1994, ele despertava o interesse do clube alemão Stuttgart, aonde chegou a se reunir em São Paulo, com dirigentes do clube, para tratar de uma transferência que iria acontecer meses mais tarde. Não aconteceu.
Dener regressava ao Rio de Janeiro, após essa reunião e chegando próximo a Lagoa Rodrigo de Freitas, seu carro se chocaria com uma árvore. Dener estava no banco do carona, seu amigo Oto Gomes era quem dirigia. Dener dormia com o banco reclinado e com o cinto de segurança atravessado próximo ao pescoço, com impacto do acidente, o cinto provocou o esmagamento da laringe, o que resultou no sufocamento e causou sua morte. 



Dener morreu aos 23 anos, deixou uma viúva, Luciana Gabino, com três filhos. A qual teve que enfrentar inúmeras batalhas judiciais para receber o seguro da morte do marido. 

Dener se foi muito cedo. Poderia muito bem ter escrito ainda mais seu nome na história do futebol brasileiro, com aquela alegria de moleque. Prematuramente foi impedido e entrou para história para eternamente ser lembrado pelos dribles e belos gols. Que descanse em paz. 

Abaixo um vídeo, do noticiário do Jornal Nacional, sobre a morte do Dener:


Nenhum comentário:

Postar um comentário